segunda-feira, 11 de maio de 2009
À beira do Mosteiro de São Gonçalo
Um largo de pedra batido de sol.
Esvoaçam pombas irrequietas
e deambulam forasteiros curiosos.
Na cortina de pano queimada da tineira,
bate brando o vento e,
a cada visitante, ela dá uma vénia,
agradecendo-lhe a visita.
Um arco pesado em volutas de pedra,
pesadas como pesadas,
são as pedras alinhadas
que tecem alto as paredes do convento.
Mais velhas que as da ponte sobre o rio lento.
Vêm-me à memória tantas horas,
felizes, do passado, distante.
De jovem seminarista,
de pai, com a família,
em férias de campista.
Tendas, cavacas, rosquilhos
e a alegria duma feira copiosa,
à sombra densa junto ao rio.
De encontros fortuitos,
colegas, directores.
O António Maria, prior,
Nunca mais vi o Sardoeira.
O Eduardo.
Era de Amarante.
Que será feito da Rosita do Lavrador?...
Amarante, 5 de Maio de 2009
11h e 40m
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