quinta-feira, 13 de março de 2008
Praia Deserta
Só eu e o mar,
ao cair da tarde.
Uma multidão de ondas,
brancas,
em cadeia,
em correria louca,
com fragor,
sempre a chegar.
Uma brisa agreste
de tão forte,
quase magoa,
ressoa fresca,
no meu rosto,
sem dizer
o que anda a preparar.
As gaivotas,
às centenas,
muito quietas,
muito caladas,
sobre a areia rendilhada,
voltam-se
alinhadas,
contra o vento
que não pára de bramir.
Seria a hora
do sol-pôr,
se não fosse
este fragor
de tempestade
a ameaçar.
Para quê...
tanta imponência,
e tamanha solidão?
Eu...estou só.
Não sou nada!
Um céu de cinza,
ao fundo,
pesado e negro.
Tamanha maravilha
Para quem?...
Até estonteia.
Parece não ter dono.
Dá que pensar!...
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