Foi assim…o fim deste dia
A noite chega devarinho,
O céu, luminoso há pouco ,
Vai desmaiando,
Lentamente,
Dum fogo vivo,
Faz-se lareira quente
Em cinza.
Umas résteas de nuvens,
Como farrapos ou restos
Que ficaram da festa,
Ainda se voam lentas.
As janelas fechadas
Do casario da cidade
Já luzem
Como pontos amarelos
De fósforos acesos.
As sombras do arvoredo negro
Começam a recolher o
fumo,
Das chaminés
E os cumes do casario
Gritam pela esperança
Da luz branca
Que há-de vir,
Depois da noite.
O silêncio cresce
À medida em que a noite
Abraça os amantes
Apaixonados da madrugada…
Ovar, 27 de Agosto de
2012
8h5m
Joaquim Luís M. Mendes
Gomes
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