sábado, 29 de setembro de 2012


Foi assim…o fim deste dia

 

A noite chega devarinho,

O céu, luminoso há pouco ,

Vai desmaiando,

Lentamente,

Dum fogo vivo,

Faz-se lareira quente

Em cinza.

 

Umas résteas de nuvens,

Como farrapos ou restos

Que ficaram da festa,

Ainda se voam lentas.

 

As janelas fechadas

Do casario da cidade

Já luzem

Como pontos amarelos

De fósforos acesos.

 

As sombras do arvoredo negro

Começam a recolher o fumo,

Das chaminés

E os cumes do casario

Gritam pela esperança

Da luz branca

Que há-de vir,

Depois da noite.

O silêncio cresce

À medida em que a noite

Abraça os amantes

Apaixonados da madrugada…

 

 

Ovar, 27 de Agosto de 2012

8h5m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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