o renascer...
minha janela branca devassada
dá para a escuridão da mata.
só o negrume se vislumbra
e o nada para lá daquele muro de pedra.
mas é de lá que vai nascer o sol
com a doce alegria de mais um dia.
verei o verde em chama do manta de copas
e o amarelado seco das duas encostas,
por onde cirando em paz,
os meus cavalos,
tão bons vizinhos.
verei moinhos argutos,
com as três pás brancas,
girando ao vento.
ouvirei o vento que chegou do mar.
vindo dos longes,
mais longe,
onde não havia gente.
verei a luz a chover em bátegas,
pintando às cores,
todas as aves.
e o amigo vizinho de cabelos brancos,
passeando o canito
e contando voltas
para bem das pernas.
tudo eu espero,
quando o sol nascer...
ouvindo Adagio for Strings de Samuel Barber, a partir do youtube
escuro de breu...
Mafra, 10 de Setembro de 2014
6h0m
Joaquim Luís Mendes Gomes
minha janela branca devassada
dá para a escuridão da mata.
só o negrume se vislumbra
e o nada para lá daquele muro de pedra.
mas é de lá que vai nascer o sol
com a doce alegria de mais um dia.
verei o verde em chama do manta de copas
e o amarelado seco das duas encostas,
por onde cirando em paz,
os meus cavalos,
tão bons vizinhos.
verei moinhos argutos,
com as três pás brancas,
girando ao vento.
ouvirei o vento que chegou do mar.
vindo dos longes,
mais longe,
onde não havia gente.
verei a luz a chover em bátegas,
pintando às cores,
todas as aves.
e o amigo vizinho de cabelos brancos,
passeando o canito
e contando voltas
para bem das pernas.
tudo eu espero,
quando o sol nascer...
ouvindo Adagio for Strings de Samuel Barber, a partir do youtube
escuro de breu...
Mafra, 10 de Setembro de 2014
6h0m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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