quarta-feira, 28 de novembro de 2012




Como aves que passam seu tempo pelo ar,

Vendo tudo, desde o alto,

Na sua real e verdadeira dimensão,

Que tudo é parte dum todo igual,

Onde cada um tem o seu lugar,

E que o que conta é a união das partes,

Como vizinhos bons,

De todas as horas,

As que são boas e as que são más,

Assim, vou caminhando pelo meu pé.

Não tenho asas,

Senão, este jeito de ver do alto,

Como se fosse ave,

Mas com pés no chão…

 

Ouvindo Hélène Grimaud, tocando Bach

 

Zehlendorf, 29 de Novembro de 2012

5h51m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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