Fumarolas dos Açores
Pelo seio dum nevoeiro
cinzento
Que aqui permanece
residente,
Sobem argolas brancas de
incenso puro
Que se evolam e morrem
perto.
Poços negros cravados
fundo,
Fazem de turíbulos vivos
Em brasa acesa.
Vêm do longe oculto,
Onde mora o nada
E nunca ninguém esteve.
Fazem ferver como
fornalha a arder.
E nas horas vagas,
Cozem cozidos dentro de
sacas,
Com carne das vacas,
Como farnéis em toalhas
de linho
Servem alegria à farta,
De sobremesa
E, no final de tudo,
Não cobram nada…
Steglitz, 8 de Novembro
de 2012
17h28m
Joaquim luís M. Mendes
Gomes
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