Suavemente, sem se dar
conta,
Mais um amanhecer está a
acontecer,
Diante destes olhos,
ainda em sono.
O céu vai-se colorindo
De cinza e branco,
E as copas do arvoredo
escuro,
Fazem de renda à manta
bela
Que, meigamente,
Se vai desdobrando,
Cobrindo todos, por
igual,
Sem favorecer ninguém.
É a lei real que tudo
rege.
Prontamente. Sem falhar,
assim é,
Desde todo o sempre.
Um exemplo mestre que o
homem vê
Mas não quer seguir.
É ver quem mais céu
apanha
E terra agarra,
Como se só fossem seus.
Mais calor e luz para si,
Mesmo que seus iguais
Morram no gelo…
E às escuras.
Nem querem ver
Que, num dia incerto,
Para sempre,
Se hão-de fechar
Todos os olhos,
Do pobre e do rico,
Sob a mesma manta,
Meiga e leve,
Desta manhã
Que, igual, nos cobre…
Zehlendorf, 29 de
Novembro de 2012
8h00m
Joaquim Luís M. Mendes
Gomes
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