segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Vejo caravelas lá longe,
desfraldadas ao vento,
oiço acordes tristes
que não são do tempo.

Sonho com fadas
que viveram há muito
E me deram sonhos.

Vou a cavalo,
...
de crinas ao vento,
Trepando a trote,
Escadas dum templo.
Onde se adoram deuses
Que caíram de fome,
À espera de gente,
Que não tinham esperança,
Fartos da vida.
Corações vazios.

Semeio sementes
Levam-nas o vento,
Como faúlhas
Se vão apagar…
Debaixo da terra.
Para depois medrarem,
Árvores adultas.
Caules de pão.

Corro cansado,
Quero chegar.
Quem espera por mim
Não pode esperar.

Um lago distante,
De águas serenas,
Uma cabana ao pé
E uma fogueira a arder,
Eu sou um índio
Até morrer…

Ouvindo H.Grimaud
Em Rachmaninov concerto nº2

Zehlendorf, 26 e Novembro de 2012-11-26
9h46m
Joaquim Luís M. Mendes Gomes
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