terça-feira, 13 de novembro de 2012


Das aves, vêm-nos grandes lições. 

Uma delas,

A quase indiferença ou antes respeito,

Pelo que nós fazemos.

Andam na vida delas.

Não interferem.

 

Se estamos distraídos e à conversa,

À mesa duma esplanada,

Nunca se metem.

Apenas querem nossas migalhas.

 Para nós, é que não prestam.

Para elas são uma festa.

 

Vêm poisar nas nossas varandas,

Fazem ninhos beirais,

Sem pedirem licença.

Mas com todo o respeito.

Um ligeiro esgar nosso de reprovação,

E eis que vão, pelo céu acima,

Batendo as asas, sem dizerem não.

 

E, quando o frio chega e já for demais,

Sobem às alturas,

E, aos bandos, lá vão contentes,

Até ao sul, buscando o sol.

São as migrações!...

 

Que fenómeno lindo…

Um lindo exemplo, de admirar.

Uma bela lição e é de mestre.

 

Zehlander, 9 de Novembro de 2012

10h2m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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