Sente-se emparedado,
Numa casa fechada e
reduzida,
No meio dum bosque,
Longe do mar.
Dos cavalos, seus vizinhos
da frente,
Sempre esfaimados,
À volta do gamelo de
palha.
Da vasta tapada verde, sem
gente.
Com seus segredos militares.
Sem janelas nem varandas,
A darem, ao menos,
Para um pátio com
piscina,
Nem que fosse
Em plástico azul,
insuflável.
Da sua cadeira à
secretária,
Subindo ao alto,
Sempre que queira,
A toda a hora,
E enxergar ao longe,
Outros mundos,
Outros modos.
Ouvir vozes frescas,
Receber prendas,
Entrelaçadas de elogios.
Poder voar, à solta,
Sem asas presas,
Nem coletes de salvação.
Ser senhor de ser quem é.
Poder escrever versos,
Como um poeta,
Fazer histórias reais
Ou de fantasia,
Como um escritor.
Como sempre sonhara ser…
1 comentário:
Não há nada mais belo que a Liberdade! Adoro escrever a palavra que a define.
Sou claustrofóbica.
Nem gosto sequer de escrever "prisão"
Vim ao Google saber de si, meu amigo.
F.m.
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