quarta-feira, 28 de novembro de 2012


 
 
 
Sente-se emparedado,

Numa casa fechada e reduzida,

No meio dum bosque,

Longe do mar.

 

Dos cavalos, seus vizinhos da frente,

Sempre esfaimados,

À volta do gamelo de palha.

 

Da vasta tapada verde, sem gente.

 Com seus segredos militares.

 

Sem janelas nem varandas,

A darem, ao menos,

Para um pátio com piscina,

Nem que fosse

Em plástico azul, insuflável.

 

Da sua cadeira à secretária,

Subindo ao alto,

Sempre que queira,

A toda a hora,

E enxergar ao longe,

Outros mundos,

Outros modos.

 

Ouvir vozes frescas,

Receber prendas,

Entrelaçadas de elogios.

 

Poder voar, à solta,

Sem asas presas,

Nem coletes de salvação.

Ser senhor de ser quem é.

 

Poder escrever versos,

Como um poeta,

Fazer histórias reais

Ou de fantasia,

Como um escritor.

Como sempre sonhara ser…

   

1 comentário:

Anónimo disse...

Não há nada mais belo que a Liberdade! Adoro escrever a palavra que a define.
Sou claustrofóbica.
Nem gosto sequer de escrever "prisão"

Vim ao Google saber de si, meu amigo.

F.m.