segunda-feira, 16 de junho de 2014

arte de ser feliz...

Arte de ser feliz…

 

Há tantas linhas que cosem

O vestido da felicidade.

Com que gostamos de andar na rua.

Que toda a gente veja

E goste de nós.

Das suas cores.

Bem combinafas,

Da cabeça aos pés.

Por vezes, cai-lhe uma nódoa.

Quando e onde

Nunca se espera.

Fica-se triste.

Tem remédio.

Limpeza a seco.

Mo cinque à sèque…

Barato e bom…

Como novo.

Pegaos nele outra vez

E lá vamos nós.

Raiando ao sol.

Como brilham estas linhas

Coloridas.

Cheias de azul e verde,

Em fundo preto.

No colarinho,

Um cachecol de lã.

Ou algidão branco.

Protejendo o col…

Conforme o frio ou o sol.

A camisa é furta-cores.

Vai mudando,

Conforme a estação.

É escura, no inverno.

Capta melhor a luz e calor.

É verde e rosa,

Primaveril.

Amarela e rubra,

Nos dias de estio.

Lilás e azul,

Como as flores de lis.

De setembro a novembro,

Pelo colher das uvas.

Que lindo lenço,

Vai no bolso ao peito.

É bom sinal.

Que lá dentro há fogo.

Ardendo e é para se ver…

As calças são paralelas

Rectas.

Nossa base de sustento.

Querem-se de cinza ou pretas.

Com permanente vinco.

A roçar os pés…

E os sapatos,

Reluzem verniz.

Servem de espelho,

Ao nosso nariz…

Por eles sei

E sabem

Se vou feliz…

Ouvindo Gershwin- Rha psody in blue

Berlim, 17 de Junho de 2014

6h36m

Joaquim Luís Mendes Gomes

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