Atracção do alto…
Reacção à gravidade.
Daquela força constante
Que nos puxa para baixo,
Com força duma lei
E nos prende ao chão,
Outra igual, senão maior,
Dela mesma se desprende
E nos projecta para o Alto.
É bom descer, pausadamente,
A encosta verde e florida de um monte.
Mas, primeiro, há que subi-lo
Com toda a garra.
Arrostar o perigo e o cansaço.
Vencer o medo e a falta de ânimo
Que sempre ameaça.
Nos esconde o brilho.
Disfarça a cor.
Desfeia o belo.
Nos faz crer que nada vale.
Chegar ao topo,
Respirar fundo.
Divisar o infinito,
Ouvir os timbres
Ofuscantes do silêncio,
Que só voam nas altitudes.
Como um condor,
Planar nas nuvens.
Sentir a dimensão real
Do que nós somos.
Perante a imensidão da terra
E dos oceanos.
Que tudo existia sem mim,
Desde os confins dos tempos.
Mas o seu valor final
Está no brilho dos meus olhos…
Ouvindo " O condor passa…"
Berlim, 1 de Julho de 2014
O dia nasceu de azul…
Joaquim Luís Mendes Gomes
Reacção à gravidade.
Daquela força constante
Que nos puxa para baixo,
Com força duma lei
E nos prende ao chão,
Outra igual, senão maior,
Dela mesma se desprende
E nos projecta para o Alto.
É bom descer, pausadamente,
A encosta verde e florida de um monte.
Mas, primeiro, há que subi-lo
Com toda a garra.
Arrostar o perigo e o cansaço.
Vencer o medo e a falta de ânimo
Que sempre ameaça.
Nos esconde o brilho.
Disfarça a cor.
Desfeia o belo.
Nos faz crer que nada vale.
Chegar ao topo,
Respirar fundo.
Divisar o infinito,
Ouvir os timbres
Ofuscantes do silêncio,
Que só voam nas altitudes.
Como um condor,
Planar nas nuvens.
Sentir a dimensão real
Do que nós somos.
Perante a imensidão da terra
E dos oceanos.
Que tudo existia sem mim,
Desde os confins dos tempos.
Mas o seu valor final
Está no brilho dos meus olhos…
Ouvindo " O condor passa…"
Berlim, 1 de Julho de 2014
O dia nasceu de azul…
Joaquim Luís Mendes Gomes
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