terça-feira, 10 de junho de 2014

as escadas...

As escadas…
São fracções de passos,
Que encurtam caminho,
Por onde se sobe
Ou por onde se desce.
Se inclinadas e prostradas
Sobre uma encosta,
São escadórios,
Mais ou menos engalanados,
Estátuas de santos,
Muitas capelas,
Que nos levam,
Ao alto,
Suavemente,
Aos santuários.
Duas traves de pau,
Compridas,
Leves escadotes,
Nos levam do chão,
Lá acima, às uvas,
Pela colheita das vindimas.
Pedra a pedra,
Em caracol,
Vão por fora,
Vão por dentro,
Mui bem cravadas,
Levam o sineiro alegre,
Ao campanário.
E, se rolantes,
Sobre um tapete,
Em circuito,
Aí vamos à vez,
Dito e feito,
Sem qualquer passada.
Ó maravilha!…
É só poisar
E deixar-se ir.
E nos palácios nobres,
Paquetes gigantes
Tão imponentes,
Fazem escadórios,
Onde tão elegantes,
Muito adonaire,
Deslizam fraques,
E grandes vestidos…
Com muito charme.
E, nos futebóis,
Aos socalcos,
Parecem vinhedos,
Dão tantas voltas,
Sentam a turba,
Em multidão,
Com tanta cadeira
Que nem tem conta!…
Berlim, 11 de Junho de 2014
5h54m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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