Sem regatear…
A semente cai.
Na terra-mãe.
Apenas, se expõe.
Ao sol e á chuva.
O vento a cobre.
A terra a abraça.
Vem o calor
Desperta-lhe a vida
Em tons de verde.
Se espraia e se estende.
Em pèzinhos de lã.
A seiva a rega.
Recebe e dá.
Algo de cima a chama,
Atracção fatal.
E ela, mui lenta, vai.
Um fio de seda,
Tacteando o chão.
Até ver a luz.
Cora de verde.
Se expondo ao sol.
A vida circula
E a faz crescer.
Abre seus olhos.
Estende seus bracitos.
Como se fossem asas.
O vento meigo as beija
Se põem a bailar.
E num crescendo suave,
Que só o tempo tece,
Ela se vai expondo,
Com tanta arte o faz.
Faz o seu desenho,
Vai ganhando cor,
Vai riscando a forma,
Como ela quer ficar.
Quer ser igual à mãe
Que lhe deu o ser.
Se quer vestir de verde.
Até chegar a hora,
De dar flor e fruto.
Quer largar semente,
Quer voltar ao chão
Para não mais morrer.
Berlim, 28 de Junho de 2014
6h23m
dia cinzento, sem chuva…
Joaquim Luís Mendes Gomes
A semente cai.
Na terra-mãe.
Apenas, se expõe.
Ao sol e á chuva.
O vento a cobre.
A terra a abraça.
Vem o calor
Desperta-lhe a vida
Em tons de verde.
Se espraia e se estende.
Em pèzinhos de lã.
A seiva a rega.
Recebe e dá.
Algo de cima a chama,
Atracção fatal.
E ela, mui lenta, vai.
Um fio de seda,
Tacteando o chão.
Até ver a luz.
Cora de verde.
Se expondo ao sol.
A vida circula
E a faz crescer.
Abre seus olhos.
Estende seus bracitos.
Como se fossem asas.
O vento meigo as beija
Se põem a bailar.
E num crescendo suave,
Que só o tempo tece,
Ela se vai expondo,
Com tanta arte o faz.
Faz o seu desenho,
Vai ganhando cor,
Vai riscando a forma,
Como ela quer ficar.
Quer ser igual à mãe
Que lhe deu o ser.
Se quer vestir de verde.
Até chegar a hora,
De dar flor e fruto.
Quer largar semente,
Quer voltar ao chão
Para não mais morrer.
Berlim, 28 de Junho de 2014
6h23m
dia cinzento, sem chuva…
Joaquim Luís Mendes Gomes
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