sábado, 28 de junho de 2014

ferrugem...

Ferrugem…

Como o bicho da fruta,

Não escolhe idade.

Gosta do ferro.

Velho ou novo.

Quanto mais, melhor.

Primeiro, na capa.

Depois, no miolo.

Sem fazer barulho.

Como em nevoeiro,

Vai roendo tudo.

Nem o osso escapa.

Um paquete gigante.

Uma torre eifel.

Se não os pintam de tinta,

Nem para sucata dão.

São como o papel…

"Bar dos motocas", 28 de Junho de 2014

o sol anda por aí…

Joaquim Luís Mendes Gomes

 

 

 

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