Alvoreceu sombrio e frio
O terceiro dia de
Dezembro.
Sem chuva ou neve.
Deste borralho morno,
Onde acordei, observo
A mesma marcha
ininterrupta,
Que ali vai em forma,
Pela estrada , como uma
valsa,
Ora alegre, ora triste.
Às vezes, me parece, até
De nenhum sentido.
Só porque esqueço
Que é de graça,
Que tudo aparece,
O dia e a noite,
Para seguir caminho,
Mesmo com pedras
E alguns espinhos,
Mas também com bermas.
Nunca se vai só,
Embora pareça.
Vai sempre ao pé,
O amparo terno e atento
De quem nos deixou no
berço
E pôs a andar.
Basta chamar…
Zehlendorf, 3 de Dezembro de 2012
8h42m
Ouvindo H. Grimaud ao
piano com Rachmaninov
Joaquim Luís M. Mendes
Gomes
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