segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


 
 
 
Foi-se embora de vez

Aquele tornado branco,

Feito de neve,

Luzindo ao sol?...

 

Ficaram tão tristes

Aqueles ramos negros,

Sem sombra,

E um chão de lama.

 

Como um cemitério

De arvoredo nu.

Onde habita a morte.

Onde o silêncio chora.

É o desalento em forma.

 

Ninguém consegue imaginar

Como era lindo…

Aquele noivado louco,

Tecido de neve…

Sempre a cair.

 

E, lá mais atrás,

Aquele arvoredo frondoso,

Vestido de verde,

Coroado de oiro,

Bailando ao vento,

Um império de sol.

Um castelo encantado,

Tapada real.

Um reino de paz.

Onde sabia viver…

E que… há-de voltar.

 

Ouvindo Serenata de Schubert-

Zehlendorf, 18 de Dezembro de 2012

8h15m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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