Sei que para cima deste toucado
De nuvens brancas,
O sol brilha e queima.
O céu azul reina e inunda os olhos
De esperança e luz…
Aqui, tudo é sombra fria.
O dia
nasce já cansado e triste,
Com vontade de dormir.
Nem o aconchego de lareira
Que aqui reina, chega
Para descobrir a manta triste
Que nos envolve.
Por mais luzinhas e artifícios,
Com feirinhas garridas
E fumarada acesa de salsichas,
Canecadas de vinho quente,
Por essas ruas e jardins de inverno,
Nada chega ao meu natal de inverno,
Com formigos, rabanadas
E o bacalhau com todos de Portugal!…
Oxalá fosse igual em todos os lares…
O que não é..e aí é que está tudo mal!...
Ouvindo Hélène Grimaud em Sonata de Beethoven
Zewhlendorf, 17 de Dezembro de 2012
9h23m
Joaquim Luís M. Mendes Gomes
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