segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


Sei que para cima deste toucado

De nuvens brancas,

O sol brilha e queima.

 

O céu azul reina e inunda os olhos

De esperança e luz…

 

Aqui, tudo é sombra fria.

 O dia nasce já cansado e triste,

Com vontade de dormir.

 

Nem o aconchego de lareira

Que aqui reina, chega

Para descobrir a manta triste

Que nos envolve.

 

Por mais luzinhas e artifícios,

Com feirinhas garridas

E fumarada acesa de salsichas,

Canecadas de vinho quente,

Por essas ruas e jardins de inverno,

 

Nada chega ao meu natal de inverno,

Com formigos, rabanadas

E o bacalhau com todos de Portugal!…  

 

Oxalá fosse igual em todos os lares…

O que não é..e aí é que está tudo mal!...

 

Ouvindo Hélène Grimaud em Sonata de Beethoven

 

Zewhlendorf, 17 de Dezembro de 2012

9h23m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

Sem comentários: