Destino do mundo…
Pingam e escorrem
Gotas vivas de sangue vermelho,
Cada dia e hora, por esse mundo,
Numa tal torrente
Que já ninguém vê nem sente
Que é sangue de gente.
Saem clamores do ventre da terra,
Em parto ingente,
Que já ninguém vê nem sente
Que a terra chora.
Ecoam brados de dor
Por essas serras d’além,
Soltos de gente,
Com tamanho fragor,
Todo o mundo sabe e ouve
E faz que não.
É tanta a fome…e negra
A solidão de multidões esquecidas,
Iguais à gente…
Se apagaria o sol,
Se se tornassem nuvem,
À nossa frente.
Quanto mais fundo e alto
Sobe o saber do homem,
Nos segredos do mundo,
Mais longe e pobre fica no amor ao irmão…
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Quem é que vem salvar o mundo...enquanto é hora?...
Ouvindo Hélène Grimaud em 2º concerto de Rachmaninov
Berlim, 26 de Fevereiro de 2013
18h16m
Joaquim Luís M. Mendes Gomes
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