domingo, 10 de fevereiro de 2013


O apagar da vela…

 

 

É na hora de apagar a vela no festim

Que a tristeza vem,

Embrulhada no papel da saudade

Do que de bom passou ali.

 

Vai-se a chama da alegria

Que nos junta ao redor duma mesa,

Onde se riu e gargalhou…

Pela razão forte e pura que nos uniu.

 

A seguir, vem a caminhada de novo

Sobre as pedras espinhosas do caminho

Que temos a percorrer.

No meio dos muitos  rigores da vida.

 

Que temos dentro de nós

E temos de aproveitar..

 

Numa luta de sobrevivência.

Até ao fim.

 

Fazendo tudo para a manter acesa.

E nos manter de pé….

Esperando novas horas fraternais

De são convívio…

Com mais velas para acender…em festa,

Por razões solenes

Que nos fizeram crescer

E deram razão para uma vida. 

Oxalá seja sempre

Perfumada de saudade! …

 

Ouvindo Hélène Grimaud, em concerto nº 2 de Rachmaninov

 

Berlim, 11 de Fevereiro de 2013

6h45m

 

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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