Uma rosa cada manhã…
Sem bater à porta,
Ao raiar da madrugada,
Quero deixar à porta de cada amigo
Um botão de rosa perfumada.
Com a cor mais linda
Que lhe dê cor à vida negra
Do dia a dia.
Onde a alegria tende a
escassear,
Como riqueza rara e preciosa.
Nuvens carregadas caíram inesperadas,
Assentaram no nosso céu azul de luz.
Azul de serra e mar.
Espuma e brisa com iodo e sal,
Muito sargaço verde
Aos novelões a se espreguiçar,
Na areia molhada,
Pelas cachinas gaiatas e festaleiras
Como as da Póvoa de Varzim.
Queria ver rir as janelas rasgadas ao abrir,
Às gargalhadas,
Alumiadas pelos raios
Dum sol caliente e meigo.
Bom companheiro alegre da criançada
De sacola às costas,
Rumo à escola.
Pelos seus pés.
Quero abraçar os cavadores do pão
Que de enxada às costas,
Se dirigem a sachar ao fresco matinal,
As leiras de milho.
E saudar a padeirinha alegre
De canastra à cabeça,
Distribuidora do pão
Pró café da manhã.
Em cada lar.
Rezar as trindades sonoras
Que caem do sino do meio,
Erguendo as almas
Para o Nosso Senhor,
Uno e Trino.
Quero ser e ajudar a ver
Todo o mundo feliz…
Com a graça de Deus.
Ouvindo Lang Lang em concerto nº 1 de Liszt
Berlim, 20 de Fevereiro de 2013
6h09m
Joaquim Luís M. Mendes Gomes
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