Meditação…
Curvo-me humildemente,
Diante da Majestade suprema deste mundo belo
Governado por harmonia,
Apesar das nuvens negras,
Que por vezes, toldam o céu.
Tantas sinfonias de beleza extrema
Se erguem incessantes
Por esses mares e serras,
Medonhos, com crateras,
Cataratas, himalaias gigantes
E covas fundas de cavernas
Como a de Mindanau.
São casebres de loucura.
Povoados de reinos ocultos,
Onde a beleza imperial
Nunca saíu.
Por mais voltas e reviravoltas,
Revoluções e convulsões,
Que o planeta tenha…
Aquele céu sem fim,
Cheio de estrelas,
Num cortejo belo,
De estarrecer.
Aqueles luzeiros ,
Calmos, soberanos,
Sem luz própria
Que revelam a alma viva e permanente
Deste universo em chama
Sempre acesa.
Aquelas vagas solidárias
Que se levantam prontas,
Quando o nefasto se desprende,
Algures,
Sobre as gentes indefesas.
As preces silenciosas daqueles… tantos,
Que, na sombra e com silêncio,
Se retiram voluntariamente,
Sem notícia de jornais,
Deste mundo buliçoso e atraente,
Para se oblarem
Numa vida plena de oração…
A alegria quase divina e universal
Que sentem as mães heroínas,
Ao despontar dum novo filho…
O rodar do tempo, comboio alado,
Quase eterno e vertiginoso,
Que não pára,
E , de graça, nos transporta a todos,
Lado a lado…sem distinção,
Numa viagem bela e com destino…
Ouvindo Hélène Grimaud em
Berlim, 7 de Fevereiro de 2013
8h8m
Joaquim Luís M. Mendes Gomes
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