quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


Meditação…

 

Curvo-me humildemente,

Diante da Majestade suprema deste mundo belo

Governado por harmonia,

Apesar das nuvens negras,

Que por vezes, toldam o céu.

 

Tantas sinfonias de beleza extrema

Se erguem incessantes 

Por esses mares e serras,

Medonhos,  com crateras,

Cataratas, himalaias gigantes

E covas fundas de cavernas

Como a de Mindanau.

 

São casebres de loucura.

Povoados de reinos ocultos,

Onde a beleza imperial

Nunca saíu.

 

Por mais voltas e reviravoltas, 

Revoluções e convulsões,

Que o planeta tenha…

 

Aquele céu sem fim,

Cheio de estrelas,

Num cortejo belo,

De estarrecer.

Aqueles luzeiros ,

Calmos, soberanos,

Sem luz própria

Que revelam a alma viva e permanente

Deste universo em chama

Sempre acesa.

 Aquelas vagas solidárias

Que se levantam prontas,

Quando o nefasto se desprende,

Algures,

Sobre as gentes indefesas.

As preces silenciosas daqueles… tantos,

Que, na sombra e com silêncio,

Se retiram voluntariamente,

Sem notícia de jornais,

Deste mundo buliçoso e atraente,

Para se oblarem

Numa vida plena de oração…

 

A alegria quase divina e universal

Que sentem as mães heroínas,

Ao despontar dum novo filho…

 

O rodar do tempo, comboio alado,

Quase eterno e vertiginoso,

Que não pára,

E , de graça, nos transporta a todos,

Lado a lado…sem distinção,

Numa viagem bela e com destino…

Ouvindo Hélène Grimaud em

Berlim, 7 de Fevereiro de 2013

8h8m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

 

 

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