segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


Ribeiro veloz…

 

 

Saltitando de fraga em fraga,

 Em borbotões de espuma branca,

Vem correndo,

Lavando as pedras,

Vestidas de veludo verde,

Salpicando de luz as hastes breves,

Onde se escondem pardais,

Gorgolejando soluços alegres,

Como chafarizes nervosos,

Arrastando as folhas já mortas,

 

Aí vem festivo.

Como um gamito, à solta.

Fugindo da mãe,

Encosta acima.

 

Aí vem cantando asperges santos

De hinos num festival de cor,

Ao sol, como seu mestre.

 

Ribeirinho manso e breve.

Um raminho tenro que busca seu irmão mais velho

Para o levar ao mar…

Como rouxinolzito alegre

Que aprende a cantar…

 

Ouvindo Hélène Grimaud em concerto nº 2 de Rachmaninov

 

Berlim, 26 de Fevereiro de 2013

6h46m

 

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