quarta-feira, 27 de março de 2013


Diante do mar

 

Carrego em mim,

Um peso brutal.

Um passado presente.

Um futuro oculto.

Um presente mortal.

 

Se procuro saber,

Há tanta pergunta,

Com resposta suspensa

De alguém que apareça

Capaz de a dar.

 

Do passado não vem,

Por mais que espere.

Tudo morreu.

Ficaram queixumes.

Só quero esquecer.

 

O futuro está escuro,

Tão carregado.

Com nuvens no céu.

Às vezes tão baixas.

Quase a chover.

 

Não tenho agasalho.

Que me possa valer.

Noite de breu.

 

Fico quieto.

À espera que passe.

Todo o mal se acaba,

Quando o bem aparece.

 

 

Ericeira, 27 de Março de 2013

19h22m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

 

  

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