Meu casebre de sonho…
Meto-me em casa
Com as portas fechadas.
As minhas visitas
Chegam-me de todos os lados.
Trazem regalos ocultos
De horas passadas.
São os tesouros guardados
Uns já esquecidos,
Outros que nunca soubemos
E ficaram registados
Nos olhos dos outros.
Trocam-se prendas.
Há gargalhadas.
Correm as lágrimas,
Pelos rostos alegres.
Minha casa fica inundada de luz,
Um oásis de verdura,
No deserto da terra,
Com lendas de fadas.
Caem as horas cheias de encanto.
Há fumo e wisque,
Em baforadas
E o cantar do piano
Em acordes sonoros.
Ninguém quer sair
Do meu casebre de sonho,
Com as portas cerradas.
Mafra, 29 de Março de 2013
22h11m
Joaquim Luís M. Mendes Gomes
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