sábado, 23 de março de 2013


Sonho improvável…

 

Queria para sempre

Fechar estas torneiras

Que jorram torrentes de mal,

Num mundo belo e sereno.

 

Onde chilreiam as aves

Com liberdade total.

Onde crescem as flores,

Com ar de princesas.

Onde correm à solta e ao sol,

Cavalos alados de crinas ao vento.

 

 Onde fumegam lareiras acesas,

Como favos de mel.

Quero cantar hinos de amor,

Numa serra perdido,

Sem lobos que me queiram comer.

 

Quero ter esperança

Que a bonança há-de vir…

Depois da tempestade passar.

E mandar para o inferno este império de mal…

 

Ouvindo Chopin, em Nocturnos

 

Mafra, 23 de Março de 2013

14h38m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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