Haja esperança…
Nasci neste planeta terra,
Como uma flor qualquer
Que não escolhe o seu jardim.
É nela que tenho de crescer e ser
flor.
Dar perfume e reflectir a luz do sol.
Para que se regalem os olhos
De quem passa por mim.
Até os cardos ,
Vestidos dos espinhos,
Que não escolheram,
Têm direito a viver nela.
Com todo o nosso respeito.
Se esses espinhos forem só a sua
protecção.
Já vai longa a vida…
Tantos verões secos
E tanta chuva diluviana…
Tanta ventania, agreste,
Por vezes ciclónica,
Passaram por mim…
Especialmente agora.
Me sinto-me perdido …
Neste mundo
Tão avesso e cru,
Em desordem tanta…
Às vezes penso.
Foi triste a hora
Do dia em que nele nasci…
Ouvindo Mirúsia-André rieu, em
Ave-Maria de Schubert
Ovar, 10 de Março de 2013
8h45m
JoaquimLuís M. Mendes Gomes
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