terça-feira, 26 de março de 2013


Num barquinho sozinho…

 

Atirei-me ao mar de olhos fechados,

Sem saber nadar… Sou louco?

Não …Havia um barquinho ligeiro

Que ia a passar.

Subi e fui mar dentro.

Até onde pude chegar.

Ninguém me ralhou.

Ninguém me prendeu.

Ninguém se zangou,

Ninguém perguntou se eu sabia nadar.

Liberdade total.

Na terra do mar.

Sem ruas, cruzamentos fatais.

 

A força do vento

Levou-me onde quis.

 

Quando me deu,

Voltei para terra.

Só correntes …

Algemas sem ondas

E regras aos montes

Que não servem para nada.

 

 Amanhã, de manhã,

Está dito e cumpro.

Vou voltar para o mar…

Se outro barquinho sozinho passar.

 

Mafra, 26 de Março de 2013

15h52m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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