Num barquinho sozinho…
Atirei-me ao mar de olhos fechados,
Sem saber nadar… Sou louco?
Não …Havia um barquinho ligeiro
Que ia a passar.
Subi e fui mar dentro.
Até onde pude chegar.
Ninguém me ralhou.
Ninguém me prendeu.
Ninguém se zangou,
Ninguém perguntou se eu sabia nadar.
Liberdade total.
Na terra do mar.
Sem ruas, cruzamentos fatais.
A força do vento
Levou-me onde quis.
Quando me deu,
Voltei para terra.
Só correntes …
Algemas sem ondas
E regras aos montes
Que não servem para nada.
Amanhã, de manhã,
Está dito e cumpro.
Vou voltar para o mar…
Se outro barquinho sozinho passar.
Mafra, 26 de Março de 2013
15h52m
Joaquim Luís M. Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário