sábado, 21 de setembro de 2013

a morte...

A morte...

Se eu tivesse de pintar a morte,
Pintava-a como uma nora.

Cheia de canecos,
Em cadeia,
Que enche e despeja...
Rola...que rola...

Rega de vida,
Morre e renasce...

Pelo caminho,
Canta que canta...
E chora que chora.

Lágrimas contadas,
Que nunca se acabam.
Todas guardadas.
Nem uma se perde.

Sorriem de verde,
Na frescura dum campo.

Na seara de pão
Que consola e que enche,
De vida e de paz,
 Até à hora da morte
E da vida que nasce.

Mafra, 21 de Setembro de 2013

Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes 

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