Canto...sonho e
choro...
Choro o meu povo em
paz
Que assiste aflito,
Impotente,
A tanto fogo-posto
Por mão do crime
indecente.
E choro insistente
A dor que chora
Por não ter amor.
E a chuva bem-vinda
Que chove
incessante,
Dum céu tão sujo.
Mas, canto ao sol
em chama
De cada dia
Que só inebria e aquece.
E canto ao canto sonoro
Das andorinhas
Que em bandos
alegres,
Esvoaçam rentes,
À minha frente,
Beijando o chão,
De contentes.
Canto ao mar sem
fim
Que afoga de amor
Nossa terra-mãe,
Verde e virgem.
Me consolo ver
Tanto prado e
horta florida
E debicar as uvas
e cerejas
Que os pássaros
me deixaram.
Adoro deitar-me à
sombra dos carvalhos,
Pelas sestas,
E ouvir a queda
livre das bolotas...
Canto, sonho e
choro...
Berlim, 5 de
Setembro de 2013
14h5m
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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