Diálogo das
trovoadas
Voltei ao Minho
de serras altas,
Com lugarejos
dispersos
E campanários.
Restos de
incêndios tórridos,
Mas vergonhosos.
Onde os olhos
ávidos,
Das terras baixas
Podem espraiar-se
Na imensidão
terrestre,
Com nuvens altas
E céu azul.
Vales de
gargantas fundas,
Onde um rio longo,
Como serpente
verde,
Deambula à sorte.
Vi os bois castanhos,
De olhos mansos
E hastes
compridas,
Pastarem sadios,
Na encosta ao
sol.
De repente, o céu
opaco
Se toldou de
negro.
Chegou o vento.
Escorreu a chuva,
Em catarata.
Na madrugada
alta,
Começou a festa
rija
Da trovoada,
Ribombando grosso,
Ao desafio.
Rasgando as
trevas,
Com clarões de
fogo.
Um fim do mundo,
Como não via há
anos...
Póvoa do Lanhoso,
27 de Setembro de 2013
8h19m
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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