De Berlim a
Mulhouse
Foram nove horas
de autoestrada
Sem scuts...nem
portagens.
Foram oito
centenas e meia de kilómetros.
Tanta gente a
rolar.
Livre.
Único cuidado:
Combustível,
quanto baste.
Nem um só
desastre.
Porque toda a
gente cumpre
E não discute.
A começar pelos
camiões.
De conduta
exemplar.
Três faixas
largas.
Bem cuidadas.
Em cada sentido.
Dum lado e doutro
E duma ponta à
outra,
Só se enxerga
vastas terras,
A perder de
vista,
Eximiamente
cultivadas.
As bermas,
rigorosamente limpas
E bem protegidas,
Com rede a sério;
E , a seguir, uma
cortina densa
De gigantesco
arvoredo verde,
Bem podado,
É o cenário
Que nos
acompanha, sempre,
Do principio ao
fim,
Por toda a parte.
Os povoados
sucedem-se,
Dissiminados,
Com equilíbrio,
Ao perto e longe,
Pelas encostas
brandas
E pelas colinas,
Com harmonia.
Não se vê uma só
casa degradada.
São sóbrias.
Têm alma própria
E gosto fino.
Cheiram a flores
e verde.
Espelham bem o
sonho
De quem as fez,
Como um pássaro livre
Tece o seu ninho...
E o melhor:
É que é
rigorosamente assim,
Por toda a
Alemanha!...
Mulhouse, 13 de
Setembro de 2013
21h17m
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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