Amoras de Berlim
Acabo de
encontrar uma silva com amoras.
Quando fui levar
o meu cão a passear.
Quatro estavam
negras de maduras.
Comi três.
A outra caíu-me
ao chão.
Trinquei-as uma a
uma,
Com certo receio.
Berlim de
leste...
Eram doces.
Mas não como as
que eu colhia,
Pelos silvados da
minha aldeia,
Quando era
puto...
As outras ainda
estão rubras.
São meu segredo
Para um dia me
consolar...
Afinal, não é
preciso saber alemão...
Para comer amoras.
Só sei
Que me souberam bem,
Na minha língua...
Berlim, 3 de Setembro
de 2013
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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