Fosse eu
condor...
Passaria a vida
Voando alto,
Longe desta terra
azul
Que se fez imunda,
De tanto mal.
Tanta loucura à
solta,
De quem nela
manda,
Culpa do homem.
Simples viageiro,
Esqueceu quem é.
Assentou arraiais,
Como se fosse
aqui
Sua meta final.
Com a lei do mais
forte,
Que nasceu igual,
Num império do mal
Se volveu o
mundo.
Fez-se pirata,
Salteador de
gentes,
Ergueu castelos,
Fez-se terror.
Fera imortal,
Imperador sem
lei.
Vive do sangue,
Impune,
Do seu irmão...
Bradou aos céus,
Como se fosse o
sol.
Renegou a Deus,
Autor do mundo...
Em vez de asas,
Só tenho algemas,
Mas sei voar...
Como um condor.
Ouvindo Tschaikowski,
concerto nº 1
Mafra, 18 de Setembro
de 2013
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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