domingo, 29 de setembro de 2013

pescar à sorte...

Pesca sem sorte...

Lancei-me ao mar,
À pesca.
Lancei as redes,
Esperançado numa grande pesca.
Ao fim de horas, puxei as redes.

Que desolação!...
Vieram nuas.
Regressei a casa,
Desolado e triste.

Até o mar,
Me cerrou as portas.
Deixei o barco,
Pesado e triste,
Na areia morta.

Fugi para a serra,
A olhar o céu.
Contei as estrelas,
Pela noite fora.
Pensei na vida.
Fiz minhas contas.
Cheguei à conta
De mudar de vida.

Na minha horta,
Vou lançar semente.
Entreguei ao sol
Minha esperança e vida.

Ao raiar da aurora,
Do silêncio oculto,
Surgiu o verde,
Com vida ardendo.
Em pouco tempo,
Colhi o fruto.
Regalei a mesa,
Com feijões raiados
E meu caldo verde.
Bênção de Deus,
Criador da terra.
Fogueira de amor,
Com mesa posta,
Para toda a gente.
É só cavar!...

Mafra, 29 de Setembro de 2013
20h34m
Joaquim Luís Mendes Gome

Sem comentários: