sábado, 7 de setembro de 2013

apenas sonho...


Apenas sonho...

 

Que saía pela calada da madrugada,

Ia à procura da terra da paz...

Pensando ser assim,

Como que uma planície extensa,

Verde e florida.

 

Sem caminhos traçados no chão,

Com mafiosas scuts

Nem sinaleiros,

Para se poder andar.

 

Onde as pessoas

Fazem o que devem,

Para si mesmas,

Como fazem ao seu irmão.

 

Onde não há chefes.

Comandantes,

Nem prégadores profissionais,

Uns vendilhões

De etéreas teorias.

Tirano-democráticas.

 

Onde os limites do pensamento

São o céu azul e o chão estreme

Por onde passam os pés enxutos.

 

A raiz da vida seja só

Vivê-la em paz e com alegria.

 

Nunca se oiça a palavra guerra.

 

Os bens circulem de mão para mão,

Por troca limpa e justo valor.

 

Não se oiça falar de bancos...

Em cada esquina,

Onde se trafica a vil moeda

Que tudo corrompe...

E parasitas,

Cultivam a sombra estéril, fria,

Em vez do fruto que a árvore dá...

 

Ouvindo HÉlène Grimaud em Rachmaninov, nº 2

Berlim, 8 de setembro de 2013

7h53m

Joaquim Luís Mendes Gomes

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