Acabei de chegar...
Duma viagem turbulenta
Dum mar de tormentas,
Num mar de desgraças.
Caravelas de sonhos,
De velas altaneiras,
Esfarrapadas pelo vento.
Perdidas à deriva,
Pelo mar encapelado.
Castelos de granito,
Encastelados sobro o tempo,
Com ameias de glória,
Carcomidas pela erosão,
Do abandono a que os botaram,
Quem agarrou rédeas da nação.
Já não juntas de socorros.
Para os náufragos deste País.
As valetas estão repletas.
E as carretas sempre a chegar.
Com os golpes das baionetas,
Daqueles magarefes mixordeiros
Que enxameiam
Os ministérios,
E as cadeiras beneditinas,
Repletas só de vespas...
Entram esfaimadas,
Tudo devoram que nem bestas...
E , lá adiante, ao pé do Tejo,
Num palácio nobre
De realeza,
Dorme o soba a sono solto...
Ouvindo música de Viena
Berlim, 9 de Janeiro de 2014
10h17m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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