O fascínio da Terra
Nem os quilómetros de mar,
Brincando esquecido às ondas,
Separam os continentes,
Longínquos.
De ambos os lados,
Vicejam florestas,
Correm os rios, à solta,
E há fontes eternas de água
Que jorram do seio da terra.
Brotam sementes,
De todos os tipos.
Florescem flores
Com cores diferentes.
Vestindo de belo,
Campos e vales
Com o fulgor
E a chama da vida.
Há punhados de aldeias,
Dispersas,
Com casas ridentes
E os olhos brilhantes
Mirando horizontes,
Onde habitam as estrelas perdidas.
Há perfumes sem cor
Que brotam incessantes
De vulcões que não se cansam
A arder.
Há sonhos de rainhas
e príncipes
Que nunca chegaram a reis.
Há braços abertos
À espera de abraços.
Há estilhaços de dor
De feridas abertas
Que a saudade deixou...
Tudo isto é que faz
O fascínio da Terra.
Ouvindo Casta Diva por Monsserrat Caballé
Berlim, 29 de Janeiro de 2014
Joaquim Luís Mendes Gomes
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