Como uma árvore seca...
Às vezes penso
Que seria melhor não pensar...
Nascer da terra,
Ficar preso ao chão,
Crescer e abrir os ramos,
Com folhas ao vento.
Indiferente às ventanias
E ao arder do sol.
Dar meus frutos.
Tudo de graça.
A quem os colher.
Ou cair para o chão.
Queria ser vertical,
Rumo ao infinito.
Sorver do ar,
A respiração.
E que meu oxigénio,
Como um relógio certo,
Fizesse pulsar
O coração das gentes,
Fazê-las sentir
Que precisam de mim
Como eu deles
E são meus irmãos.
Queria morrer só...de pé.
Como uma árvore seca.
Berlim, 3 de Janeiro de 2014
Joaquim Luís Mendes Gomes
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