Se, para sempre, o sol se apagasse...
Vivemos todos ,
Pobres, ricos,
Velhos, novos,
Brancos, negros
Ou amarelos,
No extremo leste
Ou ocidente,
Dependurados,
A voar,
Presos à cordinha fina,
Dum simples balão!...
Um simples esticão,
Rebenta o fio
E uma picadela de alfinete,
E aí vem ele,
Com a multidão,
Ó que ilusão!...
Que se suponha tão firme...
Ar abaixo
E se desfaz em pó
E nada!...
E se aquela bola redonda,
Flamejante,
No céu.
Que cada dia,
Se levanta cedo
E à mesma hora,
Para nos servir o pequeno almoço,
E nos alumia o caminho
De ir para o trabalho,
Buscar o pão
Do dia a dia...
Resolvesse,
Por simples birra,
Um mês de férias...
Cerrasse as portas
Ou fechasse de vez!?...
Qual Obama,
Ou Dalai Lama,
Ou excelso Hirohito...
E essas majestades todas,
Impertigadas,
Que infestam a Terra
De tanto poder
E tanta glória...
Nem uma faúlha acenderiam
Para repor a vida sua
E a que, de graça, nos anima
A todos!?...
Ouvindo Brendan Perry
Berlim, 17 de Janeiro de 2014
7h20m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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