quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

torrada de pão com manteiga...


Torrada, de pão com manteiga...

Quem o quisesse derrubar,
Bastava  pôr-lhe à frente,
Uma torradinha,
Bem quente,
Um galão a tender para o escuro,
A seguir um pastel de nata,
Também crestadinho,
Numa mesa de café,
Ali no centro da vila.

O resto ficava por sua conta.
A mesa redonda,
À volta enchia de amigos,
Contentes.

Suas histórias,
Sempre vivas,
Tinham graça,
E interesse.

As horas, ridentes,
Corriam frementes,
E o almoço chegava.
Até ao outro dia.

Ia para casa
E de tarde,
Escrevia...escrevia...
Era poeta...
De sonhos.
Ainda sonhava com o céu
E a brisa do mar...

Era um homem feliz!...
‘Inda o é, graças a Deus!...

Ouvindo Grieg

Berlim, 23 de Janeiro de 2014
7h39
Joaquim Luís Mendes Gomes








Sem comentários: