Irmandade dos corvos...
Da minha varanda,
Presenceio a vida dos corvos.
Duas famílias.
Com uns quatro elementos. Cada.
Vivem no plano mais alto
da casa das máquinas.
Em cima dum prédio.
Dali saem a horas,
Cada um para seu lado,
Pelas manhãs.
Com porte altivo,
Voam em raides.
Pouco depois,
Trazem nos bicos,
Pedaços do chão.
Que prestam para eles.
Poisam onde querem.
Na cista das árvores,
Em cima dos postes.
Aos pic-nics.
Ali está um.
Um grande naco
Igual à cabeça.
Poisou-o no poste.
Mirou em redor.
Vibrou-lhe dois golpes
Partiu-o em dois.
Pegou no primeiro,
Abanou a cabeça,
Ficou consolado.
Aparece um amigo.
Um candidato, sem esforço...
Não sei o que ouviu
Desatou a subir.
E o outro sorriu:
- À minha custa....
isso é que não!...
Berlim, 24 de Janeiro de 2014
9h39m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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