segunda-feira, 7 de janeiro de 2013


Chamava-se Jessica

Aquela menina de escola,

Franzina, de olhos alegres,

Rosto de fada,

Bracitos  de ave,

Graça de garça,

Corria com graça,

Parecia bailar…

 

Toda a gente dizia:

 

- Esta menina vai ser bailarina,

Quando crescer.

 

 

Conheci outra menina,

Ladina, amorosa,

Catarina de nome,

De olhos ariscos,

Sorriso de encanto,

Jorrava alegria,

Que dava e sobrava ,

Enchia a escola

De encanto.

Corria, saltava.

E com tanta graça,

Parecia uma garça

Dançando no campo.

 

 Toda a gente, encantada, dizia:

 

- Esta menina vai ser dançarina,

Quando for grande.

 

Eis que um amigo

Pegou nas meninas.

Foi-as mostrar

A uma mestra de dança…

A ver que dizia.

 

E as meninas dançaram…

Dançaram à sorte,

Como sabiam. ..

 

E foi tanta a graça,

Foi tanta a arte e mestria

Que a mestra pediu ao amigo:

 

- Por tudo na vida,

Quero ensiná-las.

Hão-de aprender.

Serão bailarinas.

isso estou certa!...

 

E as meninas vieram.

Tudo se arranjou.

 

Anos mais tarde,

Voltei a encontrá-las,

Em cima dum palco.

Um palco a sério

Que fica em Lisboa!...

 

Fiquei extasiado.

 

- Que bem que dançam

Aquelas meninas

Que eu conheci:

As meninas de escola

- Catarina e Jessica!

 

Ouvindo uma peça ao piano de Beethoven “Para Elisa”

Escrevi como saíu para dar às minhas amiguinhas, Jessica e Catarina,  amigas do Padre Paulo…

 

 

Zehlendorf, 7 de Janeiro de 2013,

22h 36m

 

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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