O desassossego…
Permanentemente,
O desassossego vem
Como uma vaga de fundo,
Em nevoeiro denso,
Toldando de escuro a realidade.
A alma fica aturdida,
Perde a noção real
Do que está bem ou mal.
Um crescendo de tentativas vem
De aproximação ao chão.
Cada vez fica mais distante e insegura.
Se, pela razão, que tem,
Não se acalma e prende às suas raízes ,
Vêm os desvios de toda a ordem.
Da insegurança à revolta
É um só passo.
Da revolta vem a agressão…
Como defesa.
É o instinto.
Da física, a mais brutal,
À psicológica. A mais subtil ,
Por vezes , a mais grave.
Desta, sempre ficam feridas fundas
Doem mais
E custam a sarar …
E pior, sempre deixam marca.
O melhor caminho será sempre
O recolhimento em reflexão serena.
Até que a onda passe,
Como no surf
E venha o calor do sol…
Ouvindo Nocturnos de Chopin
Berlim, 26 de Janeiro de 2013
6h52m
Joaquim Luís M. Mendes Gomes
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