domingo, 20 de janeiro de 2013


O Rio da Vida

 

 

As sementes vêm de nós

Como o pão nasce da terra.

As ideias nascem em nós

Como vento livre

Que sopra e vai mundo fora.

 

Nossa vida é um rio

Que desliza sempre

Sem conhecer o rumo.

 

Ora se espraia e esborda

Ora é fio de água

Leva a vida à sua frente.

 

Banha e alegra

Quem se abeira e mergulha nele.

Reverdece os campos.

Se orna de frondosas árvores.

Com ninhos

Nos seus segredos.

 

Origina pontes

Que unem as gentes

Como irmãos separados.

Mas vivem de frente.

 

Tem cardumes,

Rio abaixo, rio acima,

Em plena liberdade.

 

Não há sendas nem ruinas.

Há espaços largos nas planuras.

Dão tempo para as redes

E o repouso nas suas margens.

Oásis verdes.

 

Olhando o céu.

E seguir viagem.

Como a água do rio,

A vida corre.

Longa ou breve.

Não volta atrás.  

Vai em frente

E nós atrás.

 

Ouvindo H.Grimaud, em sonata de Beethoven

Berlim, 20 de Janeiro de 2013

6h27m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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