domingo, 13 de janeiro de 2013

Como um arlequim, assustado
E perdido no palco,
Frente ao público que espera ,
Mergulho em mim e salto.
Como souber e puder.

O sangue corre nas veias,
Mesmo sem mim.
Meu coração que não dorme,
Ainda não deixou de bater,
... Sonho com o bem
Que sonho fazer.

Soltando ao vento e à sorte.
Flores e folhas , caducas.
Com cores e nervuras marcadas.
Nalgum lado, elas hão- de cair.

Alguém delas se há-de servir.

Dou-lhes todo o perfume que tenho.
Um só nunca lhes há-de faltar
Enquanto eu puder,
É o perfume da esperança.

O sol voltará a raiar.
Virão dias alegres.
E muitos dias de sonho.

Como as nuvens pardacentas,
Se desfazem aos raios do sol.
Logo vem o azul dos céus
Reflectido nas águas do mar.

Caíram sementes nos campos
Que nossas lágrimas regaram ,
Sei que por milagre,
Ou encanto,
Tudo volta a florir .

Ouvindo Hélène Grimaud em Sonata de Beethoven ao piano

Berlim, 13 de Janeiro de 2013
8h35m
Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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