Com tanto sabor vivi
Sua presença e graça
Nos poucos dias que o
tive ao pé de mim…
Aquele sorriso desgarrado
sempre aceso,
A toda a hora,
Aqueles olhos tão
brilhantes
Iluminavam tudo à volta,
Aquela força imensa
Com que espalhava o cesto
da brincadeira pelo chão,
As ternas ladinices
Que fazia meigamente ao
cão
Que o adorava.
Sempre pronto
Para mais um banho na
piscina
A chapinhar, até ao
extremo,
E depois outro quentinho,
Na banheira, pela Avó
Any...
Sua mãozinha sempre doce
A pegar a minha mão
E tomar a dianteira,
Até lá fora,
Ao escorrega e baloiço,
Infindas horas a fio sem
cansar…
Aqueles caracóis de
louro,
A luzir em céu estrelado.
As pratadas de cereais
com leite
Com bigodes a escorrer
até se ver o fundo,
Aqueles abraços loucos,
Em loucas correrias até
aos meus,
Tudo me dói lembrar…
Nestas horas alegres
E ainda tristes de Natal…
Há um ano que nos deixou.
Ouvindo Hélene Grimaud em
concerto nº 2 de Rachmaninov
Zehlendorf, 2 de Janeiro
de 2013
10h16m
Joaquim Luís M. Mendes
Gomes
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