sábado, 19 de janeiro de 2013


Portas fechadas

 

 

É preciso abrir as portas fechadas

Que temos bem dentro de nós.

Escondem e guardam riquezas

Que estão lá escondidas.

Foram inscritas pelas mãos do artista

Que nos pensou.. .

Antes de sermos quem somos.

Obra prima, única e final.

Cada qual tem as suas.

À discrição.  Ao nosso dispor.

 

São luzes gravadas

Que dão cor e vida

A  cada dia da vida

Que Ele traçou.

Plano ascendente, rumo ao sol.

Fugindo da terra,

Fugindo do chão.

Criados para o alto,

Deixemos as trevas,

Das covas escavadas,

Onde crescem as ervas  daninhas.

Tudo atrofiam.

Não deixam crescer.

Não deixam voar.

Geram tristezas.

Estiolam a vida

Tecida para amar.

Com esse mar de riquezas,

São joias.

Que temos em nós.

Basta querer.  E escolher.

Entre viver com amor.

Ou viver para morrer…

 

Ouvindo Hélène Grimaud , sonata de Beethoven

 

Berlim, 19 de Janeiro de 2013

9h13m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

Sem comentários: