Tenho saudades do
Alentejo
Gostava de voltar a correr
À solta,
Pela manhã,
Pelas planuras do
Alentejo
Cobertas de flores
De todas as cores que
há.
Inibriar - me, feliz,
Daquele ar puro
Que ali traz em força,
O vento suão.
Ouvir o silêncio azul
Que inunda de sombra e
luz
Aqueles montados brancos
Onde tão boa gente
Se esconde e dorme.
Ir atrás das borboletas,
Aflitas,
De tanta de sede.
E, nas sestas quentes,
Regalar-me à sombra farta
Daquele mar de sobreiros
esbeltos
Mas desgrenhados,
Ouvindo histórias,
De mouras e de príncipes,
encantados.
Enamorar-me,
De amor humano
E igual amor divino,
Pelas noites dentro, ao
luar…
E acordar alegre,
Ao rasgar da aurora,
Com os desgarrados
E intermináveis,
Cantares de galo.
Ouvindo as Quatro
estações de Vivaldi
Berlim, 27 de Janeiro de
2013
11h40m
Joaquim Luís M. Mendes
Gomes
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