terça-feira, 15 de janeiro de 2013


Mergulho sedento,

Na piscina da poesia,

Como quem foge do sol escaldante.

 

Entro, enfim, desfeito em suor,

Oásis dentro,

Buscando a frescura

Que o deserto não dá.

 

Avanço atento ao mar,

Mirando ao longe,

O farol da terra que me prende.

 

Subo aturdido

Aos cumes do monte,

Para me embriagar

Do doce silêncio da terra.

 

Caminho, há tanto,

Pelas agruras deste mundo,

Em busca do abrigo

Que não encontro.

 

Semeio ao vento

Do amor que os mais queridos,

Ao longo do tempo,

Em mim me semearam.

Ainda espero chegar a tempo

De ir assistir ao pôr do sol…

E me banhar de sonhos,

Numa noite cheia de luar…

 

Berlim, 15 de Janeiro de 2013

11h12m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

 

 

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